Bastão alemão: Antonius Rast
Nem só de espadas (re)vivem as Artes Marciais Históricas Européias. O bastão alemão (longo ou curto) tem seu lugar em diversos tratados dos séculos XV e XVI, como Meyer, Mair, Falkner, Antonius Rast entre outros.
E este é um assunto que, para mim, é muito bom de estudar quando se trata de HEMA. Um dos principais motivos é o fato do bastão ser a principal arma do Kobudo de Okinawa, que treinamos bastante lá na AKIRS.
Outro motivo de estudar estas armas alternativas é que são materiais de fácil acesso. Você pode treinar o stangen (bastão) com um cano de PVC, uma taquara ou bambu, ou outro tipo de bastão de 1,50m a 1,80m, com um investimento bem baixo.
Mas não se engane! Um bastão com a técnica correta, acarreta muitos danos e deve ser treinado com cuidado com o colega.
Por isso, estudar os manuais europeus já tendo um background em uma arte que usa bastões, fica muito mais fácil. Não só para interpretar, mas também escolher qual dos manuais começar.
Então, para iniciar os estudos no bastão alemão, escolhi usar o manual do mestre de esgrima Antonius Rast (1470 – 1549). Embora seja bem menos extenso que outros tratados como do Joachin Meyer ou Paulus Hector Mair (que inclusive se baseou no Rast), suas jogadas são fáceis de interpretar e treinar. Isto é uma vantagem quando pensamos como uma iniciação à arte da luta de bastões.
Assim, além da espada longa do italiano Fiore dei Liberi, homenageamos a cidade onde temos sede com os estudos de um alemão e sua forma de lutar!